LENDA DE SÃO MARTINHO
O porquê do "Verão" de S. Martinho
Diz a lenda que quando um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu.
O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado.
O cavaleiro, chamado Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada.
Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol.
PROVÉRBIOS POPULARES (S. MARTINHO)
- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.
ADIVINHAS
1- Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
Se alguém no lume me mete
2- Se me rio... de mim sai uma donzela
Mais donzela do que eu
Ela vai com quem a leva
Eu fico com quem me deu
LENDA DE S. MARTINHO (Em verso)
Era Outono!
Era uma tarde de Outono!
Mas era Inverno que fazia!
Martinho, soldado romano
Cavalgava...
E o seu dever cumpria!
Rubra capa o protegia,
De tão grande temporal!
Eis que seu olhar vislumbra
Alguém que gemendo... sofria!
Sua alma generosa
Encheu-se de compaixão!
Parou!...
Olhou!...
E, ... ternamente observou!
Martinho ouviu
Com comoção,
Pedidos de auxílio,
De súplica,
Daquele mendigo,
Ali estendido...
No chão, húmido e gélido!
Todo molhado!
Tão mísero!
Tão sofrido!
Martinho,
Sem hesitar,
Em sua espada pegou
E... num repente
Em duas, a sua capa cortou!!!
De sorriso nos lábios,
Nas mãos do pobre deixou
De sua capa a metade
A outra... p'ra si ficou!!!
E, eis que se deu o milagre!!!
As nuvens que até aí
Poderosas, no céu reinavam,
Espantadas de tanta bondade...
Se afastaram!
Afastaram-se para o sol ver
Aquele gesto generoso
Daquele nobre soldado.
O sol também gostou...
Também gostou, do que viu
E abrindo seus braços dourados
O rei dos astros sorriu!
Prudenciana M. B. Martins, EB1 Samar n.º 3
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